Reconheça as diferenças entre o que você sente e quem você é.
Você não é um transtorno. Você é uma história. 🤍
Quantas vezes você já se pegou dizendo: “sou ansiosa”, “sou depressiva”, “sou borderline”?
É sutil, mas profundamente impactante.
Quando nos confundimos com o diagnóstico, nos afastamos da nossa essência — e corremos o risco de enxergar tudo sob a lente do rótulo, como se fosse uma sentença imutável. Mas aqui vai uma verdade que talvez você precise ouvir hoje: você não é um diagnóstico. Você é muito mais.
Um nome para o que dói
Receber um diagnóstico pode ser libertador.
Ele dá nome ao caos, traz explicações, valida dores que antes pareciam invisíveis.
Mas também pode assustar.
Pode criar a sensação de que agora você é aquilo — e que tudo o que você sente ou faz só pode ser explicado por aquele nome técnico.
O diagnóstico é um mapa, não o território.
Ele aponta caminhos, mas não define quem você é.
O perigo da fusão com o diagnóstico
Quando você começa a dizer “eu sou…” ao invés de “eu estou…”, algo muda internamente.
Você se funde ao sofrimento.
Você deixa de ver nuances.
Você se esquece das suas forças.
Imagine vestir uma roupa com a etiqueta errada e andar com ela todos os dias, sem perceber que você pode tirá-la.
O diagnóstico é um recurso clínico, não um carimbo de identidade. Ele descreve padrões de comportamento, pensamentos e emoções — mas jamais capta a sua complexidade, suas escolhas, sua história única.
Você é uma pessoa em processo, não uma etiqueta
Você é feita de memórias, afetos, sonhos e contradições.
Você tem dias bons e dias difíceis.
Você se levanta, tropeça, aprende, continua.
O diagnóstico pode ajudar no cuidado, mas ele não pode — e nem deve — ser uma prisão.
Na terapia, olhamos para além dos rótulos.
Trabalhamos para que você compreenda o que sente, de onde vem sua dor e, principalmente, para que você reencontre a si mesma sem se resumir ao que te disseram que você é.
Você pode começar hoje mesmo a mudar o jeito como fala de si.
Em vez de dizer “sou ansiosa”, que tal:
✨ “Tenho lidado com ansiedade, mas estou aprendendo a cuidar de mim.”
✨ “Às vezes, a depressão me visita, mas não define quem eu sou.”
✨ “Estou em processo de me compreender melhor.”
Palavras moldam realidades.
E você tem o direito de criar uma narrativa mais gentil e verdadeira sobre si mesma.
Você é única. Nenhum diagnóstico jamais conseguirá traduzir sua história inteira.
Se você está se sentindo perdida entre rótulos e sintomas, saiba que existe um caminho de reconexão — e ele começa com a escuta, com acolhimento e com o reconhecimento de quem você é além da dor.
🤍 Na dúvida, lembre-se: você é uma pessoa em construção, não um diagnóstico em negrito.